Acabo de encontrar um poema que escrevi há dois meses.
What are we supposed to do
Our children spread their wings and leave the nest
But when we get used to loneliness
There they are, shattered, with closed eyes,
just craving for some rest
Not every night is silent and dark
Not every road leads us somewhere
Not every eye is able to stare
at the truth... and keep on being blind
And not every grown-up knows how to be strong
Whenever we're caught up by fragments of tears
In spite of the bright path our eyes know how to see
Our heart seems to foretell we'll end up all alone
And there may be a time
of the flowers' rebirth
When no song will reach our ears
But six feet over her
The pain in his warm sigh
will make sure that feelings remain
Even though never on this Earth
"I hope someday we meet again".
E por mais que eu esteja cansada de ficar pensando em amor e coisas do tipo, acabei percebendo que ler esse texto de novo ajudou a despertar algo que estava adormecido há meses, e vem lentamente ressugindo desde a semana passada.
Sempre há algo que escapa à nossa percepção e impede que tomemos nossas próprias decisões em relação a sentimentos. Infelizmente, agora não tenho muito o que dizer sobre isso, mas sei que a sensação de deitar-se à noite pensando em alguém diferente, com o coração repleto de carinho pelo que se está conhecendo e de paixão pelo desconhecido, nunca é menos intensa. Como também a sensação de magoar alguém nunca se torna menos deprimente.
Também descobri que não são só os meus poemas que têm prazo de validade, depois do qual eu os considero lixo impublicável. A pessoa que me inspirou para o texto acima, hoje em dia ama outra, e de maneira mais realista e bem mais terrível. Só espero que isso volte a mudar muito em breve.
Quanto a mim... muito mais fácil seria a vida se pudesse ser resumida a escrever sobre os problemas dos outros!! Mas felizmente isso jamais acontecerá.
^^
O que eu sei é que, bem no fundo, amo, e muito. Não ter a quem direcionar tudo isso é o que o torna mais perigoso e mais incontestável. E não ter como expressá-lo em palavras menos previsíveis é o que contribui para que, a cada vez que me fecho, tenha mais certeza da impossibilidade de abrir a alma novamente - até que tudo aconteça da maneira mais inesperada.
Belas palavras sempre foram como um vestido branco de seda, a cobrir um jovem cadáver mutilado.
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Há 6 anos
2 comentários:
Não sei nem o que dizer... puxa vc como sempre com belas palavras. (infelizmente não é um comentario consistente)
Moça, hj eu só adicionei. E como tá tarde a amanhã não é mais feriado nao deu pra ler tudo.
Mas amanhã eu vejo com calma...
(Aqui é Jeanne, da comunidade Cansei de Ser Trevoso)
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