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Incerteza do Errado

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Incerteza do Errado

O que é certo para você?

Crash!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

E tudo mudou. A vida antiga está definitivamente abandonada, se vai ser pra sempre não sei, mas é a primeira vez que tento e já consegui.

Estar satisfeita com a vida faz bem, ainda que não seja aquela satisfação plena do tipo "nada está faltando", mas sim "ainda tenho muito o que fazer!" e essa é minha escolha.

Nem tudo são flores - sofrer, chorar, e a partir de agora não ter mais a certeza absoluta de aguém por trás de mim a guiar meus passos. Dá até vontade de voltar atrás - mas não, voltar atrás seria literalmente o que a expressão diz, permanecer estagnada diante de novas oportunidades.

Afinal não deixo de sonhar com meu casamento, com a mudança para Curitiba (ou talvez até para mais longe), com a criação que darei a meus filhos. Para que o futuro dê certo é preciso começar já.



We will never die
this is our song
keep the faith
you know where you belong

Die Apokalyptischen Reiter

Postado por Katze Yue às 00:52 3 comentários    

Well, you won't find it here!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

É bem triste ter de se acostumar a situações de total ausência de esperança. A situações de inércia, estagnação, em plena lua cheia, e respirar fundo em meio a isso tudo.


É bem difícil ter de me acostumar ao amor profundo, maior do que tudo, mas que, sendo infinito no futuro, é no entanto assim tão limitado no presente.


Limitado aos abraços em silêncio, aos carinhos em silêncio, aos olhares tranquilos em silêncio. A longas caminhadas pela noite imersa no silêncio. Completamente e desesperançosamente limitado ao silêncio. Aquele que aos poucos vai-se tornando negro e sufocante, e deixa de ser um companheiro para assumir o posto de única opção de companhia.




Já postei esse trecho antes, (até nisso fico estagnada). É da Won't find it here que também está ali no player.

No need for tomorrow
when you can't find today

Postado por Katze Yue às 03:13 1 comentários    

João Cabral de Melo Neto

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Imitação da água


De flanco sobre o lençol,
paisagem já tão marinha,
a uma onda deitada,
na praia, te parecias.

Uma onda que parava
ou melhor: que se continha;
que contivesse um momento
seu rumor de folhas líquidas.

Uma onda que parava
naquela hora precisa
em que a pálpebra da onda
cai sobre a própria pupila.

Uma onda que parara
ao dobrar-se, interrompida,
que imóvel se interrompesse
no alto de sua crista

e se fizesse montanha
(por horizontal e fixa),
mas que ao se fazer montanha
continuasse água ainda.

Uma onda que guardasse
na praia cama, infinita,
a natureza sem fim
do mar de que participa,

e em sua imobilidade,
que precária se adivinha,
o dom de se derramar
que as águas faz femininas

mais o clima de águas fundas,
a intimidade sombria
e certo abraçar completo
que dos líquidos copias.




Vida? Morte? Folhas líquidas e montanhas?
Mergulhe na Análise do poema.
Direitos reservados ;)

Postado por Katze Yue às 16:26 3 comentários    

Smothering - em águas turvas

sábado, 19 de junho de 2010

Acabei de reler o post Águas turvas, de abril do ano passado. Falei sobre reformas na vida, sobre espiritualidade e ser feliz. Ando precisando desesperadamente renovar isso tudo de novo. Dessa vez o pontapé inicial foi a reforma do blog, sem que eu mesma tenha percebido, portanto, está mesmo na hora!


E já que estou falando em não me lembrar de como era quando tudo era bom, vou tomar a liberdade de compartilhar aqui algo que encontrei hoje "por acaso" no Ctrl+C de um computador de onde trabalho. Por que fui me sentar justamente naquele?!


Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.


*

Postado por Katze Yue às 02:37 0 comentários    

Programa da tarde

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cocada de Forno

+ 1 coco fresco ralado
+ 3 xícaras (chá) de açúcar cristal
+ 1 colher (sopa) de manteiga
+ 3 ovos

Misturar até ficar homogêneo
Levar ao forno pré-aquecido a 180 ºC por 20 minutos
Servir quente, com uma bola de sorvete.

Postado por Katze Yue às 16:59 3 comentários    

Luz? Mesmo?

terça-feira, 15 de junho de 2010

Demorou (muito!) mas tive a brilhante ideia de postar aqui uns dois ou três poemas meus já publicados, na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, algum tempo atrás. Pra quem ainda não sabe, não posto poemas aqui porque MORRO de medo de roubarem meus direitos autorais, sei lá, não me acho nada demais mas não suporto nem pensar nisso --' então aí vai um que saiu na edição n° 48 da Antologia, portanto, com direitos já garantidos =)



À luz da loucura

Quando as virgens se tornarem vadias,
Quando as garrafas ficarem vazias,
O dia nos atingirá a todos
Em nova prisão de risos e poesias.

Já não existe luz nesta alma febril.
Sob meus pés vivem mundos ao léu
fazendo da morte uma vida cruel.
E os Superiores, incertos do inferno,
desprezam a carne, duvidam do eterno.

De repente aparecem visões de altos muros;
calabouços de pedra em busca de uma alma
guardam gritos roubados da inocência do céu.
Até que chega depois da agonia a calma...

Mas agora não possuo a lágrima que caiu!
Anjo de ferro, dentre todos o Maligno,
traze-me luz! Para que eu seja digno
da cegueira santa neste antro vil!

A dor só existe para os condenados,
que cantam e choram exaltando os pecados.
Os que não merecem a morte sofrida
ensaiam maneiras de desperdiçar a vida!

Estrelas jamais passaram por aqui;
Flores e luas há muito partiram.
E à medida que se aproximam as sombras
Vejo verdades que nunca existiram!

Eu ouço vozes que mentem;
mentiras que já não provocam a ira sagrada.
Entre paredes muito frias já vejo a paz,
e tudo ainda está tão errado...
a razão é engraçada.
Talvez um dia a sabedoria deixe de existir,
e a loucura seja santificada




*

Postado por Katze Yue às 12:42 3 comentários    

Is time money?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Terminou seu árduo trabalho e, com as mãos doloridas, buscou o frescor da brisa noturna do lado de fora do prédio. Mas a noite estava mais quente do que de costume; seus olhos espreitaram ao redor inquietos e se recolheram de volta ao interior da ampla construção azulada. Tudo que viu foi o de sempre, seu local de trabalho há dezesseis anos, e no entanto havia alguma coisa estranha aquela noite.

Pensou bastante e então descobriu: era o sol. Não se lembrava de já tê-lo visto à noite, muito menos durante o inverno, mas devia estar enganada, não? Ao menos se houvesse alguém com quem comentar o estranho (?) fato, mas ninguém mais estava trabalhando àquela hora, as outras pessoas tinham família e vida social.

Ela então fez algo de que, secretamente, sempre tivera vontade: deitou-se na grama bem aparada que cincundava o edifício, fechou os olhos e lá ficou. Depois de alguns minutos a visão começava a ficar roxa por dentro de suas pálpebras, e ela começou a abri-las lentamente - primeiro o olho esquerdo, mais míope, depois o direito, com o qual sempre se preocupara mais por enxergar o melhor.

A luz intensa invadiu-a, seus olhos verdes, sua mente em permanente estado de alerta, seu corpo sedentário. Logo sentiu lágrimas quentes escorrendo, a luz estava machucando seus sentidos e já começava a queimar sua pele, mas ela nada fez. Teve a impressão de ouvir gritos distantes, um ruído de confusão nas ruas, e não fez nada. Ali ficou.

Lá fora, o mundo entrava em pânico; ela, por sua vez, conhecia a paz.

Postado por Katze Yue às 00:08 2 comentários    

Vertigem

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Minha visão se turva e não sei por quê. Nunca consegui descobrir. Tudo dança diante de meus tristes olhos por um breve instante e parece que não me lembro do sentido da vida. Tudo fica cor de rosa e isso me irrita, a cor que mais odeio, penso que talvez o ódio fosse suavizado se houvesse mais cor de rosa ao meu redor, e aí fecho os olhos.

O que eu estava fazendo mesmo? Ah, sim, estava corrigindo alguma lição de casa, anotando qualquer coisa em um bloquinho, lendo teoria literária ou algum dos blogs que sigo. E lentamente me lembro de ver cada uma das palavras se desintegrando diante de meus olhos, ah, sim, a teia cor de rosa girando, girando, há quanto tempo estou de olhos fechados?

Ah, sim. Cor de rosa. Palavras. Por isso devo ter ficado tonta, não? Ou foi só depois? O que eu estava fazendo mesmo?

Postado por Katze Yue às 09:40 0 comentários    

Ex-fera

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Me arranha, me corta,
me rasga a garganta

e prova meu sangue
com minha própria língua

para que ao fazeres
meus dentes sorrirem

sintas o gosto amargo
de tua ferida

Postado por Katze Yue às 00:43 0 comentários    

Trechos

domingo, 6 de junho de 2010

Fragmentos do texto "Sobre a morte e o morrer", de Rubem Alves.


Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver."

Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...”



Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.

A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?

Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.



A morte e a vida não são contrárias. São irmãs.





.

Postado por Katze Yue às 03:24 0 comentários    

Destino

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Quando eu crescer, quero ser viúva. O silêncio da morte haverá de acompanhar-me para sempre, a ausência de falsas esperanças, de sentimentos confusos. Ainda melhor é a solidão quando dela nada mais se espera; os dias que hoje começam felizes não mais poderão terminar na decadência das ilusões sem prévio aviso. Já sem qualquer desejo íntimo de continuar à procura do que quer que seja, apenas a imensidão do vazio, aquela que não se pode enxergar quando inúteis receios turvam a mente.

Talvez, somente talvez, não se possa esquecer de respirar - e portanto do pensamento a repetir constante "onde?" Dúvidas, porém, não mais haverá para fazer sofrer a quem aqui permanece. E a certeza de um adeus eterno será o ponto final de toda angústia.



Ich habe Pläne, grosse Plane
Ich baue dir ein Haus
Jeder Stein ist eine träne
und du ziehst nie wieder aus


Rammstein

Postado por Katze Yue às 14:13 0 comentários    

Ausência

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Hoje de manhã ouvi, de um grande amigo, que as palavras que aqui derramo são tudo que resta de mim. Que é quase impossível conseguir falar comigo, que me escondo e desapareço, que só aqui se pode ler-me. De certa maneira não me surpreendi.

Não é de hoje que venho notando uma crescente reclusão do mundo em direção a mim, portanto o contrário certamente ocorre também. Trabalho, almoço, faculdade, ônibus, a lentidão das imaginações tornando-se crônica, uma doença do viver. Ou talvez, antes disso, uma doença do estar; pois dormindo não estou, e não encontro problema algum em toda essa inércia que me consome. Não deixo, entretanto, de existir. Pelo contrário, fora da realidade tudo é mais verdadeiro e não sei quem inventou o contrário.

Pois então que assim seja; não sou eu quem vai constantemente atrás de abstrações nos piores antros? Não busco eu os significados muito além de seus significantes? Pois que busquem o silêncio, e encontrem por aqui o sem-nome que vasto se estende além dele.

Postado por Katze Yue às 16:06 0 comentários    

The obsessive devotion

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Preciso de você mais do que de minhas próprias pernas, porque sem você não tenho para onde andar. Preciso de você mais do que de oxigênio - porque às vezes sonho que posso respirar embaixo d'água, mas nunca que estou só. E também porque sem você tudo seria um pesadelo; sonho nenhum se compara a viver ao seu lado de olhos bem abertos.

Preciso de você mais do que de minhas mãos, que seriam inúteis sem você para acariciar, e mais do que de meus lábios, incapazes de sorrir na sua ausência.

Só não preciso de você mais do que de meu cérebro. Porque é só ele que refreia meus instintos, e que impede, a muito custo, que essas palavras cheguem até você.

Postado por Katze Yue às 12:57 0 comentários    

Sonâmbula

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Então assim segue a vida, os sonhos acabam quando a gente acorda. E deste lado aqui não tem o cor de laranja quentinho de um por do sol romântico no fim do ano - aqui é noite, a cada vez que se deita ou que se levanta, a cada vez que se pensa no dia que vem pela frente. É escuro e deprimente o passar do tempo.

Bem diferente de sonhar, dos devaneios que costumam nos esperar do lado de lá da mente em silêncio. Porém aqui é a origem deles; se assim não fosse na vida real, para que serviria o surreal? Para descansar o corpo, apenas? Não haveria de quê!

Postado por Katze Yue às 17:00 2 comentários    

Ich bin der brennende Komet

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Nos últimos dias tenho acordado tranquila, sossegada. Mentalmente descansada. Quase como no tempo em que era feliz.

E hoje, sim, é um daqueles dias em que esta louca vai escrever coisas bonitas e suaves que contrastem bastante com os últimos meses de posts deprimentes. Aliás, vocês, meus caros, talvez não vejam como "um daqueles dias" em que isso está acontecendo, mas como o primeiro ou no máximo segundo - já que nas darkest hours eu venho aqui e apago tudo de bom que já tivesse escrito!

Não, não me arrependo. Em primeiro lugar, porque do meu amor quem sabe sou eu, e quero que assim continue sendo. Mais detalhes, sei lá, quem sabe no dia do casamento.

E em segundo... é cruel essa constante "indecisão" entre a depressão e a inocência. Não quero parecer uma boba alegre se dentro de meia hora estarei afundando de novo. Hoje estou bem, sim, bem pra caralho. E tudo que quero é que esta sensação dure, tanto quanto for possível, na sua forma mais pura como neste instante - mas também sustentando-me por detrás das dores de cada dia.

Porque não hei de ficar assim para sempre; na verdade, pode ser que ao deitar-me e adormecer tudo se desvaneça, e pode ser que eu acorde tranquila amanhã também, ou pode ser que não. Mas o esforço continua, por um único objetivo: o sentido de tudo. Entre um cigarro pensando na morte e um suspiro olhando para a lua, dou apenas um passo. Mesmo a cada insight de agonia que aqui compartilho, não me esqueço, a cada cansaço e desânimo não me esqueço, de algo que hoje encontrei ingenuamente

para em breve deixar, e então buscar mais uma vez.



Erst wird es heiss,
dann kalt,
am Ende tut es weh


Rammstein

Postado por Katze Yue às 01:17 0 comentários    

Just left wondering why

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Não venha me dizer que a vida é bela, porque eu vejo, enxergo cada eternidade dentro de um único segundo e me recordo da beleza do tempo. E não tente me convencer a não desistir, porque a cada derrota refletida nos olhos de quem passa, os meus se tornam mais invencíveis.

Meus pés mal tocam o chão enquanto observo as nuvens ao redor. E nelas se perdem risos inocentes, enquanto só o que sobra é o silêncio pesado. Logo anoitece.

Frias ilusões sob o tímido luar não me fazem chorar mais.


No need for tomorrow
When you can't find today


Black Label Society

Postado por Katze Yue às 01:57 0 comentários    

Show me the road back home

segunda-feira, 26 de abril de 2010

É difícil se livrar da vida dos outros, esquecer a nossa própria dá muito menos trabalho. Não, desta vez não estou bêbada, falo sério.

Cuidar de si distrai a mente, sair da realidade também.

O problema é que os outros continuam lá, olhando, assistindo, espionando. A física diz que o próprio ato de observar modifica o objeto observado. Sim, modifica, mutila, transforma em aberração.


Agora sou eu quem observa a pilha de restos de mim mesma sobre uma cama fria. Sem remorso algum. O que me tornei? Em que transformei a vida que era cheia de timidez, de vontades, de luz do sol nos olhos?

Não me importo.



We were such children when we met
And we watched those children disappear


Six feet under - 1.09

Postado por Katze Yue às 00:30 2 comentários    

Invisible - unloveable

domingo, 18 de abril de 2010

Cheguei bem mais cedo à faculdade, o céu ainda estava claro e fazia muito calor. Então acendi um cigarro, algo que detesto fazer quando está calor. Dez minutos depois, entrei no prédio e deixei minha mochila na sala de aula.

Peguei dinheiro e desci até a copiadora, onde troquei sorrisos com o jovem atrás do balcão. Mas tarde, inclusive, tornei a encontrá-lo do lado de fora, fumando. E para acompanhá-lo acendi outro cigarro, sem a menor vontade.

Depois que peguei minhas cópias encontrei duas amigas. Passeei com elas sem destino pelos corredores, sorrindo, falando de rapazes e dos planos para o fim de semana. Até que o encontramos na lanchonete.

Conversei com ele sobre as provas que se aproximavam, mas já era hora de entrar na sala de aula. Não entrei, nem ele. Compramos algumas cervejas e ficamos sentados observando garotas.

No segundo horário assisti à aula embriagada.

Na hora da saída as duas foram embora e fiquei sozinha a esperá-lo, o que me deixou nervosa - aí acendi mais um cigarro, o primeiro do dia por vontade própria. Mas quando ele apareceu, tive de pedir uma bala.

Andamos até o ponto de ônibus, ele falando e eu mal ouvindo. Sentamo-nos no banco, ele falando e eu mal ouvindo. Entramos no ônibus e só conseguimos lugar sentados meia hora depois - ele sempre falando, e eu mal ouvindo.

Até que ele desceu.

Então comecei a ouvir, comecei a ouvir a mim mesma, a meus próprios apelos que aprendi instintivamente a desprezar quando ele está por perto.

Ouvi meus próprios apelos por alguma atenção. Ouvi o motor do ônibus e o toque do meu celular lembrando-me de tomar remédio. Só não ouvi o silêncio.

E no momento seguinte, já deitada em minha cama, ouvi finalmente o silêncio. Já não havia ninguém para me ouvir.

Postado por Katze Yue às 23:58 0 comentários    

Levíssima

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O dia começou cansado. Depois ficou mais quente e sonolento. Surgiu uma esperança mas o sentimento não foi embora. E quando chegou o alívio, lentamente desabrocharam pétalas de tristeza.


Mas o desânimo não veio. Somente a dor, o peso de ter de continuar. E ao mesmo tempo, o leve torpor da liberdade indesejada. A certeza de se estar acordada.


Continuo procurando, entre doces lágrimas, o fantasma que um dia acreditei existir. Aquele de quem fui atrás e não desisti até amá-lo carinhosamente. Só que eu mesma ainda não me dei conta dessa busca, e não consegui me dar conta de que ele não vai voltar.

Bebi a água e guardei a garrafa.

Postado por Katze Yue às 14:32 0 comentários    

Agora sim (?)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Acho que estou ressucitando isto aqui. Acho que estou ressucitando meu coração e minha dignidade também.



Posso roubar a citação de um blog que leio, e que amo e odeio em segredo?



well, that’s just the way it is…

sometimes when everything seems at
its worst
when all conspires and gnaws
and the hours, days, weeks
years
seem wasted -
stretched there upon my bed
in the dark
looking upward at the ceiling
I get what many will consider an
obnoxious thought:
it’s still nice to be


Bukowski







É precipitado afirmar que deixei mesmo tudo pra trás. Ainda são oito da manhã de uma segunda feira. Mas não é errado se preparar para o pior - ou sonhar com ele!

Há coisas que se precisa descobrir por conta própria e jamais comentar com ninguém.




- O que é um filósofo?
- É alguém que sonha menos coisas do que as que existem no céu e na terra!

Aldous Huxley





x)

Postado por Katze Yue às 08:24 1 comentários    

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