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Incerteza do Errado

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Incerteza do Errado

O que é certo para você?

Well, you won't find it here!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

É bem triste ter de se acostumar a situações de total ausência de esperança. A situações de inércia, estagnação, em plena lua cheia, e respirar fundo em meio a isso tudo.


É bem difícil ter de me acostumar ao amor profundo, maior do que tudo, mas que, sendo infinito no futuro, é no entanto assim tão limitado no presente.


Limitado aos abraços em silêncio, aos carinhos em silêncio, aos olhares tranquilos em silêncio. A longas caminhadas pela noite imersa no silêncio. Completamente e desesperançosamente limitado ao silêncio. Aquele que aos poucos vai-se tornando negro e sufocante, e deixa de ser um companheiro para assumir o posto de única opção de companhia.




Já postei esse trecho antes, (até nisso fico estagnada). É da Won't find it here que também está ali no player.

No need for tomorrow
when you can't find today

Postado por Katze Yue às 03:13 1 comentários    

João Cabral de Melo Neto

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Imitação da água


De flanco sobre o lençol,
paisagem já tão marinha,
a uma onda deitada,
na praia, te parecias.

Uma onda que parava
ou melhor: que se continha;
que contivesse um momento
seu rumor de folhas líquidas.

Uma onda que parava
naquela hora precisa
em que a pálpebra da onda
cai sobre a própria pupila.

Uma onda que parara
ao dobrar-se, interrompida,
que imóvel se interrompesse
no alto de sua crista

e se fizesse montanha
(por horizontal e fixa),
mas que ao se fazer montanha
continuasse água ainda.

Uma onda que guardasse
na praia cama, infinita,
a natureza sem fim
do mar de que participa,

e em sua imobilidade,
que precária se adivinha,
o dom de se derramar
que as águas faz femininas

mais o clima de águas fundas,
a intimidade sombria
e certo abraçar completo
que dos líquidos copias.




Vida? Morte? Folhas líquidas e montanhas?
Mergulhe na Análise do poema.
Direitos reservados ;)

Postado por Katze Yue às 16:26 3 comentários    

Smothering - em águas turvas

sábado, 19 de junho de 2010

Acabei de reler o post Águas turvas, de abril do ano passado. Falei sobre reformas na vida, sobre espiritualidade e ser feliz. Ando precisando desesperadamente renovar isso tudo de novo. Dessa vez o pontapé inicial foi a reforma do blog, sem que eu mesma tenha percebido, portanto, está mesmo na hora!


E já que estou falando em não me lembrar de como era quando tudo era bom, vou tomar a liberdade de compartilhar aqui algo que encontrei hoje "por acaso" no Ctrl+C de um computador de onde trabalho. Por que fui me sentar justamente naquele?!


Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.


*

Postado por Katze Yue às 02:37 0 comentários    

Programa da tarde

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cocada de Forno

+ 1 coco fresco ralado
+ 3 xícaras (chá) de açúcar cristal
+ 1 colher (sopa) de manteiga
+ 3 ovos

Misturar até ficar homogêneo
Levar ao forno pré-aquecido a 180 ºC por 20 minutos
Servir quente, com uma bola de sorvete.

Postado por Katze Yue às 16:59 3 comentários    

Luz? Mesmo?

terça-feira, 15 de junho de 2010

Demorou (muito!) mas tive a brilhante ideia de postar aqui uns dois ou três poemas meus já publicados, na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, algum tempo atrás. Pra quem ainda não sabe, não posto poemas aqui porque MORRO de medo de roubarem meus direitos autorais, sei lá, não me acho nada demais mas não suporto nem pensar nisso --' então aí vai um que saiu na edição n° 48 da Antologia, portanto, com direitos já garantidos =)



À luz da loucura

Quando as virgens se tornarem vadias,
Quando as garrafas ficarem vazias,
O dia nos atingirá a todos
Em nova prisão de risos e poesias.

Já não existe luz nesta alma febril.
Sob meus pés vivem mundos ao léu
fazendo da morte uma vida cruel.
E os Superiores, incertos do inferno,
desprezam a carne, duvidam do eterno.

De repente aparecem visões de altos muros;
calabouços de pedra em busca de uma alma
guardam gritos roubados da inocência do céu.
Até que chega depois da agonia a calma...

Mas agora não possuo a lágrima que caiu!
Anjo de ferro, dentre todos o Maligno,
traze-me luz! Para que eu seja digno
da cegueira santa neste antro vil!

A dor só existe para os condenados,
que cantam e choram exaltando os pecados.
Os que não merecem a morte sofrida
ensaiam maneiras de desperdiçar a vida!

Estrelas jamais passaram por aqui;
Flores e luas há muito partiram.
E à medida que se aproximam as sombras
Vejo verdades que nunca existiram!

Eu ouço vozes que mentem;
mentiras que já não provocam a ira sagrada.
Entre paredes muito frias já vejo a paz,
e tudo ainda está tão errado...
a razão é engraçada.
Talvez um dia a sabedoria deixe de existir,
e a loucura seja santificada




*

Postado por Katze Yue às 12:42 3 comentários    

Is time money?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Terminou seu árduo trabalho e, com as mãos doloridas, buscou o frescor da brisa noturna do lado de fora do prédio. Mas a noite estava mais quente do que de costume; seus olhos espreitaram ao redor inquietos e se recolheram de volta ao interior da ampla construção azulada. Tudo que viu foi o de sempre, seu local de trabalho há dezesseis anos, e no entanto havia alguma coisa estranha aquela noite.

Pensou bastante e então descobriu: era o sol. Não se lembrava de já tê-lo visto à noite, muito menos durante o inverno, mas devia estar enganada, não? Ao menos se houvesse alguém com quem comentar o estranho (?) fato, mas ninguém mais estava trabalhando àquela hora, as outras pessoas tinham família e vida social.

Ela então fez algo de que, secretamente, sempre tivera vontade: deitou-se na grama bem aparada que cincundava o edifício, fechou os olhos e lá ficou. Depois de alguns minutos a visão começava a ficar roxa por dentro de suas pálpebras, e ela começou a abri-las lentamente - primeiro o olho esquerdo, mais míope, depois o direito, com o qual sempre se preocupara mais por enxergar o melhor.

A luz intensa invadiu-a, seus olhos verdes, sua mente em permanente estado de alerta, seu corpo sedentário. Logo sentiu lágrimas quentes escorrendo, a luz estava machucando seus sentidos e já começava a queimar sua pele, mas ela nada fez. Teve a impressão de ouvir gritos distantes, um ruído de confusão nas ruas, e não fez nada. Ali ficou.

Lá fora, o mundo entrava em pânico; ela, por sua vez, conhecia a paz.

Postado por Katze Yue às 00:08 2 comentários    

Vertigem

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Minha visão se turva e não sei por quê. Nunca consegui descobrir. Tudo dança diante de meus tristes olhos por um breve instante e parece que não me lembro do sentido da vida. Tudo fica cor de rosa e isso me irrita, a cor que mais odeio, penso que talvez o ódio fosse suavizado se houvesse mais cor de rosa ao meu redor, e aí fecho os olhos.

O que eu estava fazendo mesmo? Ah, sim, estava corrigindo alguma lição de casa, anotando qualquer coisa em um bloquinho, lendo teoria literária ou algum dos blogs que sigo. E lentamente me lembro de ver cada uma das palavras se desintegrando diante de meus olhos, ah, sim, a teia cor de rosa girando, girando, há quanto tempo estou de olhos fechados?

Ah, sim. Cor de rosa. Palavras. Por isso devo ter ficado tonta, não? Ou foi só depois? O que eu estava fazendo mesmo?

Postado por Katze Yue às 09:40 0 comentários    

Ex-fera

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Me arranha, me corta,
me rasga a garganta

e prova meu sangue
com minha própria língua

para que ao fazeres
meus dentes sorrirem

sintas o gosto amargo
de tua ferida

Postado por Katze Yue às 00:43 0 comentários    

Trechos

domingo, 6 de junho de 2010

Fragmentos do texto "Sobre a morte e o morrer", de Rubem Alves.


Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver."

Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...”



Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.

A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?

Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.



A morte e a vida não são contrárias. São irmãs.





.

Postado por Katze Yue às 03:24 0 comentários    

Destino

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Quando eu crescer, quero ser viúva. O silêncio da morte haverá de acompanhar-me para sempre, a ausência de falsas esperanças, de sentimentos confusos. Ainda melhor é a solidão quando dela nada mais se espera; os dias que hoje começam felizes não mais poderão terminar na decadência das ilusões sem prévio aviso. Já sem qualquer desejo íntimo de continuar à procura do que quer que seja, apenas a imensidão do vazio, aquela que não se pode enxergar quando inúteis receios turvam a mente.

Talvez, somente talvez, não se possa esquecer de respirar - e portanto do pensamento a repetir constante "onde?" Dúvidas, porém, não mais haverá para fazer sofrer a quem aqui permanece. E a certeza de um adeus eterno será o ponto final de toda angústia.



Ich habe Pläne, grosse Plane
Ich baue dir ein Haus
Jeder Stein ist eine träne
und du ziehst nie wieder aus


Rammstein

Postado por Katze Yue às 14:13 0 comentários    

Ausência

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Hoje de manhã ouvi, de um grande amigo, que as palavras que aqui derramo são tudo que resta de mim. Que é quase impossível conseguir falar comigo, que me escondo e desapareço, que só aqui se pode ler-me. De certa maneira não me surpreendi.

Não é de hoje que venho notando uma crescente reclusão do mundo em direção a mim, portanto o contrário certamente ocorre também. Trabalho, almoço, faculdade, ônibus, a lentidão das imaginações tornando-se crônica, uma doença do viver. Ou talvez, antes disso, uma doença do estar; pois dormindo não estou, e não encontro problema algum em toda essa inércia que me consome. Não deixo, entretanto, de existir. Pelo contrário, fora da realidade tudo é mais verdadeiro e não sei quem inventou o contrário.

Pois então que assim seja; não sou eu quem vai constantemente atrás de abstrações nos piores antros? Não busco eu os significados muito além de seus significantes? Pois que busquem o silêncio, e encontrem por aqui o sem-nome que vasto se estende além dele.

Postado por Katze Yue às 16:06 0 comentários    

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